domingo, 6 de fevereiro de 2011

Espaguete com vieiras e alho poró





As férias foram um tempo de ócio, com uma curta estadia na praia para nós. Mari, em Ubatuba, na casa de praia dela, e eu, a 40 km de distância, em Picinguaba, fechando minhas férias no calor praiano abafado daquela vilazinha de pescadores ainda pouco conhecida - o que é raro no litoral paulista.

Quatro dias: estadia perfeita para uma rata de cidade como eu, que não aguenta circular pela mesma ruazinha de terra batida e casas desengonçadas por muito tempo. Ao fim do terceiro dia, já felizes, bronzeados, salgados e picados pela fauna praiana, concordamos que já tinhamos esgotado nossa dose de praia. 

Contudo, faltava uma coisa: comer peixe fresco. Aquí em São Paulo, nunca pude experimentar um peixe que nunca fora congelado e, mesmo na praia, todos os restaurantes recorriam ao freezer para estocar o peixe que conseguiam tão fresco. Absurdo. Baixou a Dona Ariadne em mim. Cismei que queria negociar com os pescadores que entravam e saiam daquela pequena baía, para conseguir alguns peixes para cozinhar quando chegasse. Nave mãe, organizada, limpa e racional não aprovou, mas não teve como não ceder aos meus apelos de filha única. Enfim, ganhei  de aniversário mega-adiantado duas tainhas e doze vieiras, tiradas do viveiro pelo pescador na hora de partirmos. Sacrifícios pela curiosidade culinária.

Chegando em casa, abrimos as vieiras com ansiedade. Iguarias. R$ 35 a dúzia. Frustração: Não nos deparamos com aquelas belas massas brancas do tamanho de um punho de criança, mas sim, com bolinhas do tamanho de uma moeda de 10 centavos...

Bom, trabalharíamos com o que tivéssemos. Tudo bem simples, que nos permitisse experimentar as vieiras do jeito que vieram ao mundo, afinal, não podíamos tê-las comprado mais frescas. Refogamos as pequeninas com bastante azeite e alho, temperamos e reservamos. Enquanto cozinhavamos o linguine, refogamos dois talos de alho poró com bastante azeite e alho, e adicionamos bastante salsinha, cebolinha e pimenta. Misturamos com massa al-dente, e finalizamos cada prato com quatro pequenas vieiras. 

Ficou ótimo, e valeu como uma super experiência mas acho que, da próxima vez, comerei vieiras grandes mesmo, em um restaurante. Foi divertido.

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