terça-feira, 5 de abril de 2011

A volta dos que não foram

Bom, faz...hmmm...uns quatro meses  dias que eu, Marina, não posto nada no blog que ficou por comando da Anna, a qual eu sou inteiramente grata por não ter abandonado essa nossa empreitada na cozinha. Acontece que, com essa vida corrida de "terceiroanista" (neologismo básico diga-se de passagem), não sobra tempo para mais nada a não ser estudar, estudar, estudar e deixa eu pensar um pouco.... ah, estudar! Enfim, esse post é só para comunicar a todos os leitores e leitoras que em breve estarei de volta na ativa com muitas receitas pra salgar e adoçar as vidas alheias!!! E só pra deixar todo mundo salivando vou colocar umas fotos do que vem por aí...

Torta de Bacalhau da Dona Norma

Bolo sem farinha da Nhá Sandra


Cupfriands de Blueberry


 obs: também vou postar uma micro receita de bolo de caneca (ou bolo peludo segundo meu irmão) e de capuccino feito em casa 

domingo, 27 de março de 2011

Jantarzitcho



Rápido mata fome oriental:

Stir Fry de Carne, Abobrinha e cenoura

Corte a abobrinha em rodelas de 1cm, a cenoura em finas lascas, pique alho, cebola e gengibre. Refogue estes 3 últimos em azeite e óleo de gergelim. Adicione a carne em tirinhas e tampe. Adicione a cenoura. Adicione a abobrinha e o shoyu. Tampe, deixe cozinhar um pouquinho mais, enquanto você arruma a mesa. Carne cozida e vegetais al dente vão para o prato e, em seguida, para a barriga.

terça-feira, 22 de março de 2011

A saga do molho maldito




Um conto endemoniado

Era uma vez uma menina de grandes olhos castanhos circulados por olheiras roxas de panda. Essa menina tinha uma avózinha que cozinhava muito bem: senhora esperta, quase uma baiana arretada no gosto por pimenta. A senhora mandava estoques semanais de seu molho mágico super-secreto e conquistador de multidões para a menininha, que sonhava em aprender a cozinhar como a avó, e herdara seu gosto pela pimenta, assim como sua língua bífida e seu calcanhar seco. Uma bela noite de verão, a menina olhou para a lua no céu, vestiu seu amuleto de maçãs saltitantes e marchou para a cozinha quente. Faria um bolonhesa de beringela tão bom quanto o molho de sua avó. Cortou cebolas com precisão de cientista, picou minuciosamente seus legumes variados. Admirou-os, enquanto centelhas de fogo saltavam do fogão ao refogá-los no mais fino e verde azeite. Acrescentou os tomates mais doces, uma pitada de açúcar para regular a acidez, e o lindo elixir ia engrossando como o âmbar das árvores do bosque. Mas aquela noite estava fadada a mudar. Armada com seu potinho do fundo da geladeira, a Feiticeira Zica invadiu a cozinha, oferecendo seu tempero amaldiçoado, disfarçado por lindas e vermelhas pimentinhas malaguetas para a ingênua meninha: "Você quer cozinhar como sua avó? Então apimente bem queridinha, e você terá o molho perfeito". A aprendiz de cozinheira, enfeitiçada pela beleza daqueles dedinhos vermelhos, empolgou-se, e tão logo pôs 5 pimentinhas na panela, sem titubear, a feiticeira desapareceu, deixando-a à própria sorte no calor do fogão. Cheia de expectativa, a menininha experimentou seu belo molho em uma grande colherada. Em contato com suas papilas, o molho se tranformava em fogo, sua língua latejava. Quase teve uma síncope, a pobre menina! Correu para o banheiro, escovou os dentes e passou listerine, e não conseguia mais sentir gosto algum. Desesperada, botou abaixo 5 copos d'água, enquanto, vermelha e suando, tentava neutralizar aquela maldição em forma de pimenta! Adicionou água, tomate, açúcar, e nada! Pesquisou, com pouco efeito, no grande oráculo Google, mas as berinjelas pareciam ter absorvido todo o poder da malagueta. Ao irromperem porta adentro, pai e mãe encontraram um resto de menina, de bochechas em chamas, com suas últimas forças tentando lutar contra a maldição. Já não sentia mais o gosto de sua própria comida, não sabia se o sabor apimentado que ainda sentia era fruto daquela primeira colherada, ou se suas investidas foram infrutíferas. A grande sábia assumiu o fogão e tentou de tudo. A solução encontrada, entretanto, foi fazer outro molho, e adicionar uma ínfima parte do molho anterior, e acompanhar a refeição com alguns litros de água.

Sopa de Brócolis




Em mais uma ronda diária pelos blogs que eu mais gosto, me deparei com essa sopa de brócolis e romanesco do Chucrute com Salsicha. Com esse friozinho chegando, já vinha com vontade de tomar sopa, e fiquei com a idéia ideia (ohmy- não consigo me acostumar com a ideia de que o acento caiu!) da sopa de brócolis que engrossava por si só na cabeça. Na semana seguinte, fiz a minha versão. 

Acho que no Brasil ainda não temos uma cultura de sopas muito grande, e é uma pena. Nos restaurantes, são raras, preteridas por todos e poucos se arriscam a ultrapassar a clássica trindade- canja, capelete, minestrone. Em casa, tidas como demoradas, são um prato pouco usual, embora tão fácil e tão versátil- é cortar os legumes e raízes que tiver e jogar na panela com caldo!

Enquanto isso, os gringos mais uma vez nos oferecem milhares de variações de todos os estilos: exóticas, elegantes, quentes, e até frias, para serem saboreadas no verão. Outro dia, precisando esquentar a alma com uma bela sopa, tivemos de pensar muito até que tivéssemos uma idéia de que local poderia nos oferecer belas sopas. Fomos ao Le Vin, e que decepção! Por preço de ouro, nos foi oferecido sopas de cebola intragavelmente pesadas e uma sopa de legumes digna de hospital de segunda categoria.

Lembrei que há algum tempo, havia lido no Ig uma matéria sobre sopas. Nela, a chef natureba Tatiana Cardoso explica um pouco sobre os princípios de uma boa sopa: não mais de 5 ingredientes, utilização de grãos, tubérculos para engrossar, formas de "aromatizar"... Seu livro, Cozinha Natural Gourmet, está há algum tempo na minha lista, e venho tentando convencer a minha mãe a uma "viagem" através da cidade até os confins da Chácara Flora, para provarmos seu restaurante, o Moinho de Pedra. Vale a pena ler o artigo, e, inspirada nele, adicionei um pouco de gengibre à sopa, o que deu um toque picante e exótico.

Ok, sem mais papo prolixo, aí vai a receita. Super rápida, sem esforço e altos rendimentos (suficientes para umas 6 porções fartas, imagino). Um jantar feliz e aconchegante, pois as vezes tudo que queremos é algo caseiro e leve (e não um líquido indefinido pseudo-francês).


Sopa de Brócolis

Ingredientes
  • 2 maços verdes e fartos de brócolis;
  • 1/2 cebola finamente picada;
  • 2 dentes de alho finamente picados;
  • 3 mini alho porós picados;
  • 1 dedinho de gengibre igualmente picado (eu adoro gengibre, coloco em tudo, e caprichei na dose, mas você pode omití-lo)
  • 1/2 cenoura em cubos pequenos;
  • 2 l de caldo de legumes ou água (adicionei um pouco do meu Nomu à água);
Preparo
  1. Corte o brócolis, picando finamente a parte mais rígida e clara, que demoraria mais para cozinhar.
  2. Refogue a cebola em um pouco de azeite, e adiocione o alho, alho poró e gengibre;
  3. Adicione a cenoura, o brócolis e o caldo e tampe. Cozinhe por aproximadamente 30 minutos, até que tudo fique bem macio;
  4. Com um mixer (daquele que sua mãe usava para fazer sua papinha, haha!) bata a sopa, até que ela adquira a consistência que você desejar. Eu, por exemplo, gosto de sopas mais pedaçudas, e não me importo de um caldo mais ralo, menos cremoso, por isso, batí só um pouco;
  5. Tempere à gosto;
  6. Sirva com um molho bleu cheese (bati um pouco de gorgonzola, iogurte, gotas de limão e temperei)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Tea Connection



O Tea Connection é uma rede de chás Argentina que abriu a primeira filial fora da terra das empanadas, na Alameda Lorena, aquí em SP. Eu, Anna, chazeira como sou - tomo chá de todos os tipos, o ano todo, gelado, quente, de fabricação propria ou em caixinha - não pude deixar de conferir no feriado.

Diazinho de chuva, após uma caminhada nos Jardins, foi arrematado da melhor maneira possível: Tomamos, eu e Ana mãe, um chá verde com melão e uma infusão com baunilha, respectivamente, e foram, sem brincadeira, os chás mais equilibrados e bem feitos que já pude experimentar. Nada daquele gosto artificial, de gelatina, típico dos chás de saquinho. Cada um deles tinha um adocicado natural, sem falar no charme da "cerimônia" na qual eram servidos.

O garçom chega à mesa com bules de água quente, e coloca uma cestinha de chá dentro de cada um, ao mesmo tempo em que coloca uma ampulheta à nossa frente, explicando sobre o tempo de infusão. Passados (no nosso caso) 2 minutos, deveríamos nos servir. Então, a água abaixaria, e deixaria de entrar em contato com as folhas de chá, que não amargariam a bebida. Para acompanhar, uma fatia de bolo de tangerina com cardamomo fresquinho.

Não pudemos experimentar as comidinhas, mas o cardápio parece ter opções bem fresquinhas, fora do convencional, com ingredientes de primeira. O Café da manhã tem combos com pães, bolos, iogurtes e frutas (também tem café, capucinno e latte para quem precisa daquela dose extra de cafeína). Almoço com grelhados com acompanhamentos charmosos, saladas diferentes, com salmão defumado, batata, queijos... wraps, woks, sandubas legais, e um chá gelado do tipo raspadinha que eu PRECISO EXPERIMENTAR. No café, eles têm scones, bolos, sobremesas. ok, me empolguei. Vou experimentar e mostrarei os resultados.

Tea Connection - Alameda Lorena, 1971
Seg à Sexta: das 8 as 24hs
Domingo: das 9 as 24 hs
Site

Falando em chá, se alguém tiver a fórmula infalível do chá gelado, seja preto, mate, qualquer um, por favor, compartilhe comigo. Eu tento, mas nunca ficou como o comprado pronto :(

Cuscuz marroquino com legumes






Ainda não aprendi a usar muito bem o cuscuz marroquino, que tenho em toneladas em casa (algo relacionado com comprar a caixinha errada...). Inspirada na do livro "O Retorno do Chef sem mistérios", fiz algumas adaptações nessa salada, para acompanhar o peixe grelhado e a salada fatoush. Na receita original, jamie usa aspargos - que eu não tinha - e hidrata o cuscuz com água fria. Seguí o método original, e hidratei com caldo quente de frango, mas acho que não ficou crocante o suficiente. Da próxima vez, seguirei o mestre. Outra observação: o bicho cresce! A não ser que você pretenda alimentar todos só com cuscuz, 3/4 de xícara é muito!

Um acompanhamento levinho, fácil e exótico para terminar o feriado. Nãããão! Só para constar, eu devia estar estudando, ao invés de postando. 


Legumes Grelhados e cuscuz marroquino
Serve 4, como acompanhamento, e muitas sobras!

Ingredientes

  • 1/2 abobrinha em finas fatias
  • 1 pimentão vermelho em tirinhas
  • 1/2 cenoura em tirinhas
  • 1 mini alho poró picado
  • 1 cebolinha picada
  • Salsinha, manjericão e hortelã - ervas frescas em geral!
  • 3/4 de xícara de cuscuz - eu reduziria para 1/4 de xícara (reduza também o caldo!);
  • 3/4 de xícara de água ou caldo;
  • Tempero: Suco e raspas de 1 limão, azeite, sal e pimenta do reino.
Preparo
  1. Misture os ingredientes para o molho e reserve;
  2. Hidrate o cuscuz como preferir: com caldo quente ou frio, em uma tigela, e após alguns minutos, mexa com um garfo;
  3. Refogue os legumes separadamente;
  4. Misture tudo, e adicione as ervas.

terça-feira, 8 de março de 2011

Torta de Maçã da Dona Gerda




Ok, a vovó Donalda aquí em cima foi só para dar uma dica sobre o tipo de torta ao qual eu estou me referindo: clássica, sem firulas. Ok, minha mãe teve que me refrear para fazer algumas modificações: "vamos colocar cardamomo? cravo? farinha integral? que tal a forma redonda?...". 
Torta super simples, rápida e deliciosa, para dar um fim a algumas das maçãs que estavam na geladeira - fomos no super-mercado quinta, sexta e domingo, e cada vez e compramos mais, esquecendo que já haviam frutas na geladeira!

PS: Os créditos vão todos para a Dona Gerda, amiga da família, que cedeu-nos gentilmente a receita de sua famosa torta. :)




Torta de maçã da Dona Gerda

Ingredientes


5 maçãs médias;
Raspas de 1 limão;
50g de açúcar;
canela em pó;
150g de manteiga;
100 g de açúcar;
300 g farinha de trigo;
1 ovo;

Preparo

  1. Pré-aqueça o forno;
  2. Em uma grande tigela, amasse com as mãos a manteiga, o ovo, o açúcar e a farinha;
  3. Forre uma forma com 2/3 dessa massa, espalhando-a com os dedos;
  4. Pique as maçãs em fatias bem finas, ou rale-as;
  5. Recheie a tora com a maçã, raspe o limão e polvilhe açúcar e canela por cima;
  6. Com o 1/3 de massa que sobrou, cubra a torta. Essa é a parte mais difícil; você pode ter que esticar pequenos pedaços com os dedos para depois uní-los, mas é uma torta rústica;
  7. Asse no forno preaquecido, até que as bordinhas dourem bem. Desligue o forno e deixe dourar por algum tempo;
  8. Espere a torta ESFRIAR até desenformá-la. Segure sua ânsia por tirar uma bela foto, pois as consequências podem ser fatais (olhe na foto o fundo da minha...). Sirva sozinho, ou com uma bola de sorvete!